O nome pelagianismo tem sua origem a partir de um monge britânico que se engajou num debate ardente com Agostinho
na igreja primitiva. Presumivelmente nascido na Irlanda, Pelágio
tornou-se monge e eunuco. Movido em sua alma, ele chamava a igreja para
uma perseguição vigorosa da virtude e até mesmo a perfeição moral.
Passou muitos anos em Roma onde Coelestius e Juliano de Eclanum, um bispo que se tornara viúvo ainda jovem, se juntaram a ele no seu conflito com Agostinho. Dos três, Juliano era o mais culto. Também era o mais agressivo na controvérsia, embora tenha sido menos agitador do que Coelestius.
Adolph Harnack diz que Pelágio foi "levado
à ira por uma cristandade inerte, que se desculpava alegando
fragilidade da carne e a impossibilidade do cumprimento dos mandamentos
opressivos de Deus". De acordo com Harnack, Pelágio "pregava
que Deus não havia ordenado nada impossível, que o homem possuía o poder
de fazer o bem se assim desejasse e que a fraqueza da carne era
meramente um pretexto".